“Empreender no Brasil é como um videogame, ou morremos ou passamos de fase”, afirma fundadora da Greenpeople

Logo após o feriado da Independência do Brasil,  Rodrigo Barros, CEO da Boali recebeu Bianca Laufer, fundadora da Greenpeople, startup que vende sucos e snacks saudáveis em mais um episódio inédito do projeto “O Futuro da Alimentação”. Durante a conversa, Bianca que lutou contra a anorexia ainda na adolescência e, desde então, pensa na nutrição equilibrada como prioridade, falou sobre os desafios do setor, sustentabilidade, canais de vendas e também a respeito do futuro do suco no Brasil.

O tema alimentação sempre foi importante na vida de Bianca Laufer. Em uma viagem com a família ao Havaí, em 2013, ela tomou pela primeira vez um suco prensado a frio e ficou impressionada tanto pelo sabor quanto pelos benefícios à saúde. A partir dali, decidiu comprar uma prensa hidráulica caseira para trazer a inovação ao Brasil.

Hoje, os produtos da empresa estão nas principais redes de supermercado do Brasil e têm fatores tecnológicos que os diferenciam da concorrência, por conservarem nutrientes e vitaminas das frutas, sem aditivos. Bianca contou que a Greenpeople é a única empresa brasileira a ter uma máquina que utiliza alta pressão para manter sucos válidos por mais tempo, mas para isso precisou encontrar sócios com capital suficiente para importar a tecnologia.

De acordo com a fundadora, um dos fatores que alavancou o crescimento da Greenpeople foi a questão do tempo de resposta e de oportunidade. “Em 2014 não havia tanta oferta de alimentação saudável no mercado, então a nossa entrada foi muito bem explorada por isso”, disse a executiva que ainda reforçou sobre a tarefa de ser dono do seu próprio por aqui. Segundo ela, “empreender no Brasil é para poucos.”

Ao falar sobre especificações no processo de produção, Bianca disse que a prensa a frio e a conservação diferenciam os sucos da marca da concorrência. No entanto, ela não acha que ser a única startup com esses tipos de tecnologias embutidas é saudável para o crescimento da marca e da conscientização do consumo desse tipo de produto. “Isso nos torna a única empresa do mercado na busca da educação do consumidor quando queremos falar sobre as vantagens que estes produtos oferecem a saúde da população”, contou.

Bianca ainda explicou que o coronavírus foi um grande vilão da marca, uma vez que a degustação é um dos atrativos da Greenpeople (esse tipo de ação foi suspenso nos pontos de vendas). Ela disse que foi preciso passar noites em claro para entender como gerar essa degustação no ambiente digital, foi então que resolveram focar ainda mais no e-commerce e em seu clube de assinatura. “Em fevereiro começamos um programa de assinatura com 30 pessoas. Agora, com o avanço nos meses de pandemia, já temos mais de mil. Com isso estamos atingindo mais estados no Brasil e ganhando força em outras regiões”, e reforçou ao dizer que “o nosso maior desafio é educar o consumidor e proporcionar a degustação do nosso portfólio. Eu tenho certeza de que, uma vez que ele experimenta os nossos produtos, ele entende a diferença.”

Sobre o contato com o público da marca, a empreendedora revelou fazer ligações para todos os clientes que reclama a respeito de qualquer assunto. Bianca acredita que esse contato é muito importante falar com o público final, porque só assim a marca consegue promover melhorias tanto nos processos como nos produtos em si.

Questionada sobre o futuro do suco, Bianca Laufer afirmou que a Greenpeople segue em constante evolução. Ela relembrou o começo da empresa, onde não havia nem nutricionistas para colaborar com as formulações dos produtos. “Entendemos que é preciso estar atento a todos os públicos, por isso buscamos inspiração e estudamos muito a partir de pesquisas em todo mundo. Não é poque um produto funciona nos EUA ou Europa que ele vai funcionar no Brasil”, alertou a empreendedora, que revelou ainda que a marca está programando uma série de novidades.

Já sobre o futuro da alimentação, Bianca acredita que o mundo será cada vez mais composto por produtos com poucos ingredientes e que a sustentabilidade se tornará cada vez mais importante e indispensável. Ela disse que a marca reaproveita tudo que é possível em sua linha de produção, desde sobra de alimentos que se transformam em snacks até cascas de frutas para os sucos.

Confira o bate-papo na íntegra no canal oficial de “O Futuro da Alimentação” no youtube. Ou, se preferir, acesse o nosso canal no Spotify.

Foto: reprodução da internet

 

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