Muito se discute sobre a importância de preservar o meio ambiente, bem como as práticas mais aconselhadas para que isso ocorra de maneira genuína. A propagação e importância dessa pauta faz com que as pessoas se tornem cada dia mais críticas no quesito consumo. A procura por um produto biodegradável, por sua vez, tem demonstrado a preocupação no consumo consciente e responsável.
Sabendo que o conceito da sigla ESG (em inglês, environmental, social and governance; em português, ambiental, social e governança) tem alcançado cada vez mais visibilidade e importância no mercado, a Boali tem dedicado cada vez mais seus investimentos nesta frente. Segundo Rodrigo Barros, CEO da Boali, manter uma operação sustentável e responsável com a sociedade não é mais uma opção. “Quem ainda bate na tecla de que a preocupação com o meio ambiente é uma pauta com viés político precisa rever seus conceitos”, diz o executivo.
Segundo a pesquisa “Respondendo às tendências do consumidor na nova realidade” (Responding to consumer trends in the new reality, em inglês), conduzida pela KPMG, 16% dos consumidores estão atentos à abordagem da marca para o meio ambiente. Os brasileiros se destacaram ao indicarem fatores vinculados ao ESG como mais cruciais agora para a decisão de compra na comparação com antes da pandemia: China (+8%), Brasil (+5%), Itália (+4%), Canadá (-4%), Estados Unidos (-5%) e Japão (-11%).
Na Boali, a preocupação com o meio ambiente tem sido um tema cada vez mais relevante, tanto que a rede de alimentação saudável está com uma agenda em andamento com o envolvimento do iFood e da Suzano Papel e Celulose para viabilizar um papel biodegradável. De acordo com o CEO da empresa, como esse tipo de embalagem tem um custo mais elevado, o objetivo da Boali é conseguir dar volume a esse produto para que outras redes também tenham acesso ao material com custo menor.
Outra agenda da rede envolve a inclusão de canudos feitos a partir do trigo e bambu com produtores locais. No caso dos itens feitos a partir do bambu existe uma aproximação com uma comunidade de Trancoso, no sul da Bahia, chamada Bambuzin, uma micro empresa brasileira e artesanal, que trabalha de forma independente na região. Entre outras preocupações da Boali estão os talheres, a troca dos papéis das bandejas por papel FSC, com certificação, sacolas, entre outros itens. “Estamos pensando não só na jornada que envolve as embalagens e itens para delivery, mas também para o consumo de todos os clientes nas lojas. A nossa ideia é espalhar cada vez mais esse carinho e preocupação com o meio ambiente”, explica o executivo.
Há algum tempo a cultura do consumo baseada em extrair, produzir e descartar tem ganhado novas propostas. Embora seja um modelo bastante enraizado entre os brasileiros, os inúmeros impactos negativos que esse método causa ao planeta servem de alerta para muitos consumidores, que passaram a avaliar de forma mais crítica suas práticas. Para se ter uma ideia, de acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, entre 2010 e 2019, a geração de resíduo sólido urbano no Brasil passou de 67 milhões para 79 milhões de toneladas por ano.
Hoje em dia a população já reconhece que a adoção de práticas mais sustentáveis é fundamental. “Há uma série de iniciativas que, em conjunto, protegem o ambiente e garantem recursos para as futuras gerações”, finaliza Rodrigo Barros, pontuando que cada um tem o seu importante papel dentro deste ecossistema.