Em entrevista para EY, Rodrigo Barros, CEO da Boali afirma: “Cozinhamos menos do que nossos pais e avós”, ao falar sobre alimentação fora do lar

Por Agência EY – A Agência EY é um espaço de notícias e conteúdo jornalístico

O CEO da Boali, marca global que nasceu da 1ª e maior rede de alimentação saudável do Brasil, homenageado na 27ª edição do EOY – Empreendedor do Ano estima que sua empresa de alimentos saudáveis crescerá quatro vezes nos próximos cinco anos

Em uma realidade cada vez mais comum de falta de tempo para cozinhar, especialmente nas grandes cidades do país, o brasileiro tem recorrido à alimentação fora de casa. Entre as opções disponíveis está a alimentação saudável, que cresce em um contexto de preocupação com a saúde e o bem-estar. A Boali, do empreendedor Rodrigo Barros, homenageado na edição deste ano do EOY, já conta com 98 lojas físicas no Brasil e está abrindo operação fora do país em Lisboa e Miami.

“A projeção para o mercado de alimentação fora do lar no Brasil foi de R$ 235 bilhões em 2024, com perspectiva de crescimento robusto para os próximos anos. A tendência é que as pessoas deixem praticamente de cozinhar em casa, que virará um hobby no fim de semana. Basta notar que as gerações foram cozinhando cada vez menos. Cozinhamos muito menos do que nossos pais e avós”, destaca.

Confira abaixo a entrevista na íntegra.

R$0 Bilhões
Mercado de Alimentação Fora do Lar em 2024

1) Como você avalia o mercado de atuação da Boali? Quais são as perspectivas para os próximos anos?

RODRIGO: A Boali, que significa Boa Alimentação, é a principal rede de alimentação saudável do Brasil com 98 lojas físicas e está iniciando suas operações fora do país em Lisboa, em Portugal, e Miami, nos Estados Unidos. Oferecemos diversas opções de comida saudável. Não estamos falando de diminuir calorias nas refeições, mas sobre fornecer comida de verdade, que seja nutritiva e faça bem para a saúde. Queremos universalizar o acesso à alimentação saudável. 

Há enormes oportunidades para os próximos anos nesse mercado de alimentação fora do lar, cuja projeção em 2024 foi de R$ 235 bilhões. Nossa expectativa é crescer pelo menos quatro vezes nos próximos cinco anos. A vida agitada das grandes cidades aliada à preocupação com saúde e bem-estar faz com que a alimentação saudável seja cada vez mais buscada pelos consumidores. As pessoas estão praticamente deixando de cozinhar em casa, o que deve virar um hobby no fim de semana. Basta observar que as gerações foram cozinhando cada vez menos. 

2) Quais são os desafios de empreender no Brasil?

RODRIGO: Quem reclama do Brasil ainda não empreendeu lá fora. Tenho empresa em Portugal e sei das dificuldades por lá. Abrir uma conta bancária, por exemplo, leva três semanas. Nos Estados Unidos, para conseguir as licenças para a empresa operar, demora mais do que aqui. Resumidamente, precisamos parar de reclamar do Brasil para que possamos ser verdadeiros construtores do país. Construir não é reclamar do ambiente econômico e de negócios, mas contribuir para trazer eficiência na atuação das empresas. O Brasil é um excelente mercado e oferece diversas oportunidades.

3) O que significa para você ser reconhecido no EOY – Empreendedor do Ano?

RODRIGO: Em 2008, cobri o EOY como jornalista, motivo pelo qual considero que tenho uma conexão diferente com ele. Agora, 16 anos depois, com 43 anos de idade, estou sendo reconhecido, o que me deixa muito feliz. Não tenho dúvida de que a energia que eu estava no dia da cobertura do EOY contribuiu para estar nesta edição entre os empreendedores homenageados. 

O EOY é um reforço importante na minha jornada como empreendedor. Agora é continuar o processo, seguir nesse percurso, alinhando propósito e visão na direção onde quero chegar. Para mim, indicador e processo vêm juntos para gerar crescimento. Preciso repetir o processo correto e fazer com que ele se torne cada dia mais eficiente, olhando para os indicadores adequados ao momento do negócio.

Veja histórias de transformação de franqueados, funcionários,
atletas Boali e Advogado com mais de 10 lojas

4) Como você avalia o modelo de franquias e por que você considera que está sendo bem-sucedido nesse mercado?

RODRIGO: O franchising brasileiro vai crescer muito nos próximos anos. Esse mercado não está saturado – ao contrário do que muitos dizem. Teremos em breve muito mais empreendedores por oportunidade do que por necessidade, com o franchising liderando esse movimento. Muitos executivos que estão saindo das organizações, deixando o mercado corporativo, vão passar a empreender por meio do modelo de franquias. Esses empreendedores já virão com uma governança própria das grandes empresas, o que vai tornar o ambiente de negócios ainda melhor e mais profissional.

Um dos indicativos mais importantes para entender se o franqueador está sendo bem-sucedido é descobrir se seus franqueados têm mais de uma loja. Tenho franqueados com várias lojas, o que demonstra que o negócio está sendo lucrativo para eles. 

Outro ponto relevante está no relacionamento entre franqueador e franqueado. É preciso haver uma relação aberta entre eles, com reuniões frequentes. Na Boali, fazemos encontros semanais com nossos franqueados e disponibilizamos um consultor para atender todos os meses de forma individual. Seu papel é olhar os diferentes aspectos do negócio, como os ligados ao estoque e aos números da operação. 

Por fim, a marca contribui para o sucesso. Por isso, patrocinamos uma série de eventos esportivos como Iron Man, Rally dos Sertões e, recentemente, o time Brasil do comitê olímpico durante as Olimpíadas. Somos a marca de alimentação do esporte brasileiro. Esse é um valor intangível que entregamos para nossos franqueados.

Créditos e reportagem original: https://www.ey.com/pt_br/newsroom/2025/01/cozinhamos-menos-do-que-nossos-pais-avos-rodrigo-barros-boali

Oi, envie Quero Boalizar para começar